A Fundação Gulbenkian comemora o centenário da partida de Amadeo Souza-Cardoso para Paris com uma exposição que homenageia a artista português e alguns de seus contemporâneos. “Diálogo de Vanguardas” é única porque “contextualiza e situa o Amadeo integrado nas vanguardas do seu tempo”, explica a comissária Helena de Freitas.

Além de 190 pinturas e desenhos de Amadeo Souza-Cardoso, estão presentes trabalhos de outros 36 artistas estrangeiros como Picasso, Brancusi, Modigliani, Malévitch, Sonia e Robert Delaunay, Kokoschka, Albert Gleizes, Alexej Jawlensky, August Macke e Olga Rozanova.

Alguns destes autores foram “muito amigos de Amadeo”. Mas Helena de Freitas afirmou ao JPN que “Diálogo de Vanguardas” “não é uma exposição sobre os amigos do Amadeo Souza-Cardoso”. O objectivo é, antes, dar a conhecer “as trocas plásticas e as cumplicidades vivenciais e experimentais daquele tempo em torno de Amadeo”.

Para a Gulbenkian, “esta é uma exposição cujo eixo expositivo é Amadeo Souza-Cardoso, que é pontuado com obras de artistas internacionais que se articulam com o trabalho dele”, conclui a comissária da mostra.

“Diálogo de Vanguardas” tem o Alto Patrocínio do Presidente da Comissão Europeia, o que “dignifica muitíssimo a exposição”. Helena de Freitas salientou que ter aceite o convite “foi um gesto muito amável” da parte de Durão Barroso.

A exposição estará aberta ao público, nas galerias da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, até 14 de Janeiro.

Sandra Pinto
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Foto: DR