A bailarina Teresa Silva foi a grande vencedora do 13.º Internacionales Solo-Tanz-Theater Festival, realizado este domingo, em Estugarda. A portuguesa, de 31 anos, confessa o nervosismo de ter sido a distinguida dentro de um lote de finalistas de várias partes do mundo, mas, em simultâneo, sublinha uma certeza. “Continuar a trabalhar para dar um impulso maior à dança”, diz, convicta.

O júri do concurso foi composto pelos coreógrafos Olga Roriz, Daniela Kurz e Philip Taylor e pelos bailarinos Sónia Santiago, ex-solista do Ballet de Suttgart, e Ville Sormunen, director artístico da Companhia de Dança de Helsínquia.

A peça que Teresa da Silva estreou no concurso, “The Lake”, valeu também o 3.º prémio ao seu coreógrafo, André Mesquita, que caracteriza esta vitória como “muito recompensadora”. “O Festival de Estugarda é uma competição de dança e teatro e, nesse sentido, é importante transmitir também uma linguagem individual, própria”, acrescenta.

Os vencedores do Festival de Estugarda trabalham juntos há três anos, altura em que o coreógrafo convidou Teresa Silva para assumir com ele a direcção artística da TOK’ ART, uma plataforma de artes e de dança contemporânea.
A bailarina premiada vê na sua conquista uma “boa ajuda” para impulsionar os vários projectos artísticos que a a TOK’ ART tem desenvolvido em Lisboa, Cartaxo, Setúbal e Bragança.

Teresa Alves da Silva tem aquilo a que o coreógrafo de “The Lake” chama de uma “carreira de excelência”. Foi bailarina em várias companhias, como a CeDeCe, a italiana Alterballetto e a já encerrada Ballet Companhia, onde teve a oportunidade de interpretar coreografias de conceituados criadores como Jiri Kylián ou Rui Horta.

André Mesquita vai concorrer entre 18 e 21 de Março na competição Uncontainable 2, do Ballet Nacional da Flandres, tendo sido um dos cinco jovens seleccionados, em cerca de uma centena de candidatos.