Cerca de dois anos depois das últimas legislativas, a situação no Norte “está igual” ou até “pior”, afirma José Ribeiro e Castro, o cabeça de lista do CDS-PP pelo distrito do Porto. “A síntese destes dois anos é tempo perdido”, critica. “Estávamos à borda do buraco em 2009, mas agora estamos bem fundo no buraco”, acrescenta.

O deputado do CDS-PP condena as promessas que não foram cumpridas, os benefícios sociais que não foram dados, os investimentos que não foram feitos e reformas que não foram iniciadas. “Fizeram-se coisas erradas” e os indicadores sociais e económicos estão piores, critica Ribeiro e Castro, à saída de uma reunião com o reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos.

Já em fase de pré-campanha, o cabeça de lista dos democratas-cristãos pelo Porto admite que “grande parte do discurso do CDS é repetição e insistência nas linhas” apresentadas há dois anos. O partido insiste na questão da regionalização e promete trabalhar para que o novo Governo “tenha uma melhor relação com as entidades locais”.

CDS quer aumentar número de deputados

Pela difícil situação em que o Norte se encontra, Ribeiro e Castro espera que “saia um grito de indignação e de forte mudança do sentido do seu voto”. O cabeça de lista do CDS-PP espera que a votação no partido cresça e afirma que tem recebido “votos de confiança” dos eleitores.

A lista do CDS apresenta os mesmos primeiros quatro candidatos a deputados das legislativas de 2009. “Nós contamos crescer e trabalhamos para isso, na consciência de que não somos tanto nós que precisamos disso, é Portugal que precisa de nós”, afirma.

Ribeiro e Castro relembra que o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa disse que “um CDS com 13% mandaria no Governo”. Como tal, acredita que se o partido alcançar os 15% significa “um novo paradigma” para “sair de uma fase de declínio e entrar numa rota de crescimento”.

No final de uma reunião com o reitor da Universidade do Porto, Ribeiro e Castro garante ainda que quer continuar a apoiar o crescimento da instituição a nível internacional e a apostar num “ensino exigente, rigoroso” e “sujeito a avaliação”. Porém, reconhece que os recursos financeiros “são escassos” e serão necessários “cortes”.