O que é, afinal, o improviso? Não haverá nada delineado, nada planeado? É tudo espontâneo? Na opinião de Marta Borges, um dos três membros d’ “Os Improváveis” (grupo de improviso que conta ainda com Pedro Borges e Telmo Ramalho), “o espírito de um improvisador é achar graça aos desafios, porque, por si só, as peças sem guião prévio, como é o caso do espetáculo dos ‘Improváveis’ e outros espetáculos de improviso que existem, já são constantes momentos sem rede”.

“Nós habituamo-nos muito a esta sensação, aparentemente insegura e que dá medo, mas que é altamente viciante e dá uma grande adrenalina. Nos intercâmbios, vamos conhecendo outros improvisadores com quem gostamos de estar”, acrescenta Marta, explicando ainda como surgiu a ideia de se juntar, no mesmo palco, “Os Improváveis” com “Os Barbixas”.

“De todos os sítios por onde passámos, Chicago é claramente a Meca do teatro de improviso. Há bons improvisadores em todo o lado, na América do sul, na Europa, mas Chicago tem tanta gente a praticar, tem tantas escolas e foi lá que nasceu o teatro de improviso de longo formato, que é esse que nos cativa muito”, acrescenta Pedro Borges.

O brasileiro Daniel Nascimento conta ao JPN que é tão difícil fazer o público portguês rir como o brasileiro, mas o truque é não se esforçarem para isso, apenas divertirem-se em palco. E não há ensaio, “há treino”. “A gente treina improviso”.