A Avenida dos Aliados vai ser palco das comemorações do 25 de abril, promovidas pela União de Sindicatos do Porto. Para tal, foram organizados concertos de entrada livre que começam já nesta sexta-feira, dia 24, com os Diabo na Cruz, às 22h30. Segue-se o Coral da Faculdade de Letras e fogo-de-artifício. A banda liderada por Jorge Cruz deverá apresentar o seu novo álbum e intercalar êxitos que resultaram de trabalhos anteriores.

No sábado, dia 25, as celebrações prosseguem no Largo Soares dos Reis, onde às 14h30 haverá uma homenagem aos resistentes anti-fascistas e o desfile da Liberdade. A seguir, é regressar à Avenida dos Aliados para assistir aos Pé na Terra, às 16h, que já têm dez anos de carreira dedicada à nova abordagem da música tradicional. Também eles aproveitam para exibir o seu novo disco: “Sarilho”.

Mas não se trata só de festa. Para o presidente da Delegação Norte da Associação 25 de abril, o coronel Ribeiro da Silva, há um objetivo para estas celebrações: “É manter vivo os ideais, a liberdade, a democracia, a justiça social … E a forma que nós encontramos aqui no Porto, ano após ano, é chamar as pessoas a um convívio, a uma comunhão, que passa por espetáculo, por uma manifestação e uma homenagem aos presos políticos que antecede o desfile junto à antiga PIDE”.

Comissões promotoras das celebrações

“Esta comissão promotora é muito ampla, como se pode ser aqui pelas diversas organizações, neste momento 19, que a compõem. É claro que nesta visão do 25 de abril até pode existir uma com uma visão um bocadinho diferente, mas, no fundamental, estamos todos unidos, designadamente no principal aspeto da nossa colaboração”, afirma, ao JPN, João Torres, coordenador da União de Sindicatos do Porto.

Não é por acaso que a União de Sindicatos do Porto está por detrás desta iniciativa. João Torres, coordenador da União, realça que há que “lembrar sempre o 25 de abril e exigir que ele não faça parte das nossas memórias, que ele volte a ser uma realidade no quotidiano dos portugueses, seja dos mais velhos ou daqueles que já nasceram muito depois do 25 de abril”.

As bandas que vão preencher as festividades deste fim-de-semana foram escolhidas de acordo com as possibilidades financeiras da União dos Sindicatos e com a disponibilidade das mesmas, mas também tendo em atenção as “potencialidades que têm ou não têm para trazer mais gente, de trazer jovens, porque os jovens também precisam de cuidar do seu futuro”, refere João Torres.