Desenhos, fotografias, serigrafias, monografias e esculturas: são estas algumas das peças originais que vão ser leiloadas na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), no dia 7 de abril. A iniciativa é dos alunos do 2º ano do Mestrado Integrado em Arquitetura da FAUP, que se insere na segunda edição do “Quem dá mais”.

A venda destas obras tem como objetivo financiar uma viagem a Itália, de caráter pedagógico. “Todos os anos há uma tentativa de angariar fundos para que seja possível todos os alunos participarem na visita de estudo. E de vez em quando fazemos um leilão. Só que não se pode fazer leilões todos os anos, o último que fizemos foi há dois anos e este ano decidimos então fazer”, explica Sofia Borges, aluna da FAUP, ao JPN.

São mais de 80 arquitetos e artistas plásticos, entre eles Álvaro Siza, Alexandre Alves Costa, Joana Vasconcelos e Alberto Carneiro, que aceitaram ceder os seus trabalhos gratuitamente.

De todos os contactos feitos, nem todos foram positivos. “Houve alguns que não aceitaram ou não responderam”, afirma Sofia Borges. “Mas de um modo geral acho que as pessoas foram sensíveis à nossa iniciativa e perceberam que era mesmo importante para nós fazer esta viagem e acho que foi por isso que aceitaram”, acrescenta a aluna.

O leilão, moderado pelo arquiteto e professor da FAUP, Manuel Graça Dias, vai ser antecipado por uma exposição das peças, a decorrer nos dias 6 e 7 de abril. Entre as 9h e as 19h, os interessados vão poder conhecer as obras e a respetiva licitação base, na Galeria da FAUP. “As peças têm bases de licitação diferentes. Inicialmente queríamos homogeneizar o valor base em 40 euros, mas alguns artistas exigiram um valor mais elevado, por isso acabamos por perguntar a cada um o valor que achavam adequado. Alguns deixaram ao nosso critério, e nesses casos mantivemos as peças nos 40 euros”, explica Sofia Borges.

A primeira edição do “Quem dá mais” realizou-se em 2014 e incluiu a venda de 40 desenhos de arquitetos e artistas plásticos. “Do leilão em 2014, resultaram cinco mil euros. Não cobriram a viagem, mas ficou mais barato”, nota a aluna.

Sofia Borges não quer criar demasiadas expectativas para a venda livre deste ano, mas a meta é clara: “O objetivo é vendermos as peças todas, mas como são muitas não sei se vamos conseguir vender tudo, mas espero que sim”.

A venda pública realiza-se a partir das 21h no Auditório Fernando Távora. A venda e a exposição são de entrada livre e abertos à participação do público em geral.

 

Artigo editado por Sara Gerivaz