Segundo os dados avançados pela Direcção Geral de Viação o número de acidentes, com vítimas, deste tipo aumentou ligeiramente entre 2002 e 2003. De acordo com o relatório apresentado em Novembro do ano passado pelo Departamento de Estatística, o número de sinistros com vítimas passou de 259 (em 2002) para 266 (em 2003). No entanto, os dados relativos a 2003 referem-se apenas ao período compreendido entre Janeiro e Novembro. Também ao nível de vítimas mortais ou feridos graves se notou um ligeiro aumento.

No que respeita ao ano de 2004, de acordo com a DGV, ainda não foi efectuado nenhum estudo estatístico, mas os acidentes em contra-mão continuam a acontecer e a causar vítimas.

Os dados estatísticos relativos a este tipo de sinistros são da competência do Observatório de Segurança Rodoviária da DGV e como o JornalismoPortoNet apurou, no ano de 2002, registaram-se seis acidentes com vítimas em auto-estradas e itinerários principais. Destes seis acidentes resultaram cinco vítimas mortais, seis feridos graves e onze feridos ligeiros. De acordo com Helena Clemente do Departamento de Estatística do Observatório estes números são inferiores ao total de sinistros deste tipo registados pela GNR e PSP, “pelo facto de só estarem incluídos no estudo os acidentes que vitimaram pessoas”.

Manuel Jorge Ramos, presidente da Associação de Condutores Auto-mobilizados (ACA-M), mostra-se crítico acerca deste tipo de acidentes e afirma que “sabemos pouco” das causas que os originam. O Presidente da ACA-M explica que tal acontece “porque não existem especialistas credenciados em acidentologia no nosso país” e porque pouco se faz para prevenir este tipo de situações.

Andreia Parente