O número de animais capturados na rua tem vindo a aumentar bastante nos últimos anos, o que leva Fernando Melo, presidente da Câmara de Valongo, a falar em perigo para a saúde pública. A castração dos animais antes de serem dados para adopção tem como objectivo “diminuir o número de animais vadios e sobretudo a propagação de doenças.”

O antigo canil disponibilizava cães para adopção que, em muitos casos, eram novamente abandonados pelos donos. Para um melhor controlo deste tipo de situações, o novo centro vai colocar “micro-chips” de localização nos animais adoptados e seguir de perto a forma como são tratados por quem os acolhe. “Vamos ter que fazer um regulamento, mas nós queremos responsabilizar os proprietários dos animais”, garante Fernando Melo.

O presidente da Câmara diz que continuará a ser garantido apoio veterinário aos animais que encontrem uma nova casa. “Sempre que se justifique”, o novo centro vai fornecer igualmente vacinações mais baratas. Em declarações à agência Lusa, Fernando Rodrigues, veterinário responsável pelo centro, salientou que “muitas vezes as pessoas querem desfazer-se do animal porque está doente mas, depois de o vermos, podemos dizer-lhes: Não, isto é curável. Não é preciso estar a abandonar o animal”.

Este novo centro veterinário tem mais de trezentos metros quadrados – mais duzentos que o antigo canil municipal – e oferece melhores condições aos animais sem abrigo de Valongo.

Catarina Santos