Em maus lençóis no campeonato e já arredado da taça, o Benfica tinha neste jogo a hipótese de “salvar” a época. A equipa portuguesa chegava à última jornada em vantagem sobre o Action 21 Charleroi. Um empate bastava para garantir aquilo que nehuma equipa portuguesa tinha conseguido: uma final internacional. Talvez por isso a equipa da águia tenha entrado em campo muito concentrada e motivada. O Benfica realizou os melhores 10 minutos que se viram neste torneio. Um domínio esmagador que culminou em três golos, todos resultantes de óptimas combinações. Alípio Matos, o treinador encarnado, tinha avisado que o Charleroi tinha algumas dificuldades em resolver bolas nas costas. O adversário estava bem estudado. Foi precisamente assim que o Benfica fez dois golos. A partir dos 10 minutos os belgas reagiram e conseguiram reduzir, ainda antes do intervalo.

A segunda parte mostrou outro Charleroi. Num ápice, o vice-campeão europeu encontrou o caminho para a igualdade. Este foi o momento menos bom do Benfica. Parecia que os belgas tinham encontrado a fórmula para a vitória. Contudo, em mais um bom lance, Lukaian marcou o 4º golo e devolveu ao Benfica a tranquilidade e a confiança, sublinhada pelo 5º golo apontado por André Lima. Este golo levou ao delírio os adeptos encarnados que, pese embora não terem enchido o pavilhão, foram sempre incansáveis no apoio à equipa portuguesa. Era o ponto final nas esperanças do Action 21 em estar, pelo terceiro ano consecutivo, presente na final da UEFA CUP.

O Benfica foi um justo vencedor, num torneio nem sempre bem jogado e onde portugueses e belgas mostraram estar muito à frente dos rivais croatas e italianos.

André Morais