O Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto (GEHVID) procura dar a conhecer a história da região vitícola do Douro. É um projecto autónomo, financiado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Segundo António Barros Cardoso, coordenador-adjunto, o GEHVID é única unidade de investigação ligada ao estudo do vinho e da vinha em Portugal, reconhecida pela FCT.

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António Cardoso afirma que o GEHVID se tem “envolvido em várias iniciativas que têm conduzido a frutos visíveis”. É o caso da classificação do “Douro: Património da Humanidade”, do projecto de instalação do Museu do Douro e da colaboração com o Museu do Vinho do Porto.

O coordenador-adjunto explica que nos últimos dez anos este projecto tem estado ligado apenas à região duriense. No entanto, afirma que neste momento estão a pensar “alargar a actividade a outras zonas vitícolas do país, igualmente carenciadas de conhecimento histórico”. Para António Cardoso este é talvez um dos aspectos mais importantes na actualidade, uma vez que “hoje os vinhos vendem-se com a sua história” e não só pela qualidade.

GEHVID: uma década a estudar a região do Douro

A unidade de investigação foi fundada em 1994 “por um grupo de historiadores” da FLUP que estava, de alguma forma, ligado à região duriense. Trata-se de um projecto que se orienta por linhas de pesquisa específicas ligadas às grandes épocas da história: antiga, medieval, moderna e contemporânea.

Segundo António Cardoso, coordenador-adjunto do grupo, a equipa é actualmente composta por 32 elementos. “Há um núcleo central de responsáveis, sob o ponto de vista científico, composto por professores da Faculdade de Letras” e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A equipa é também composta por “jovens investigadores que têm feito estudos sobre a história da região” e que colaboram com a unidade.

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Actualmente o centro de investigação está a desenvolver quatro projectos relativos à região vitícola do Douro. Dois deles procuram estudar “as estruturas económicas, sociais, políticas e culturais da época moderna” e da época contemporânea. Um outro projecto “visa a protecção e o estudo do património vernacular”, isto é, “o património ligado à vivência do povo no quotidiano (…) e um último, de carácter mais editorial e que se prende com a publicação de fontes (…) raras”.

Andreia Parente