O JornalismoPortoNet foi conhecer o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), recentemente premiado pela Fundação Ciência e Tecnologia e distinguido pela Universidade do Porto.

Estudar os problemas básicos do desenvolvimento e os mecanismos de adaptação das plantas são alguns dos objectivos da equipa de Biologia Funcional das Plantas, um dos 19 grupos de investigação do IBMC.

O que é o IBMC?

O IBMC é um instituto constituído por cerca de 300 investigadores, que levam a cabo actividades integradas em cinco linhas de acção: genética humana e doenças genéticas; biologia da infecção e imunologia; biologia estrutural e molecular; neurologia básica e clínica; mecanismos adaptativos celulares (em que se integra o grupo Biologia Funcional das Plantas).

De acordo com Júlio Santos, director do núcleo de cultura científica do IBMC, o instituto tem uma relação privilegiada com a Universidade do Porto (UP). “A UP é um dos associados do IBMC, tal como a Câmara do Porto ou empresas como a Bial”, refere, em declarações ao JornalismoPortoNet. A grande parte dos investigadores do IBMC provém de diferentes faculdades da UP. “Aliás, o instituto garante cursos de pós-graduação ou estágios a alunos de faculdades como a de Farmácia ou de Ciências”, acrescenta Júlio Santos.

O Biologia Funcional das Plantas é um dos exemplos da ligação entre UP e IBMC. Dos 12 doutorados deste grupo de investigação, 11 são da Faculdade de Ciências do Porto.

Este grupo está envolvido em vários projectos, revelados ao nosso jornal por Isabel Santos, directora do grupo. “Estamos a desenvolver um sistema enzimático, a partir da “Catharanthus roseus”, um planta, para a produção industrial de um alcalóide anticancerígeno utilizado na quimioterapia”, refere.

Mas as investigações não ficam por aqui. “Estamos a estudar o cardo, uma planta utilizada na produção de queijo da serra. O objectivo último poderá ser ceder a enzima do cardo que é utilizada na produção deste queijo aos produtores”, acrescenta Isabel Santos.

Daniel Vaz