Falsas reportagens, emitidas em televisões regionais dos EUA, são utilizadas como arma política. E colocam em causa a credibilidade jornalística.

A Administração de George W. Bush é acusada de divulgar falsas reportagens, utilizando-as como instrumento político.

O organismo de investigação ligado ao Congresso dos Estados Unidos, descobriu peças jornalísticas dedicadas ao programa “Medicare”, onde actores e relações públicas se fazem passar por repórteres. O “Medicare” é um programa governamental que se destina a cobrir os cuidados de saúde nos idosos.

Entre as ditas peças, encontra-se um representante do Governo a ser entrevistado por um actor que se faz passar por repórter. Num outro anúncio, alguém, disfarçado de repórter, lê um conjunto de declarações que valorizam o novo serviço. Estas reportagens foram exibidas por televisões locais.

Em declarações a JornalismoPortoNet, Joaquim Fidalgo, docente de Comunicação Social na Universidade do Minho, disse que esta confusão entre propaganda e informação constitui “um perigo tanto para o cidadão como para o jornalista que não pode confiar numa fonte apenas. O jornalista tem responsabilidades sociais perante os cidadãos”.

Vânia Cardoso