O dia 24 de Março ficou marcado na história da tuberculose pela descoberta do microrganismo responsável pela doença. Foi em 1882 que Robert Koch conseguiu identificar o bacilo que, posteriormente, viria a ser baptizado de “bacilo de Koch”.

No entanto, foram precisas mais de três décadas para se descobrir um microrganismo capaz de resistir e prevenir esta doença. Em 1913, Albert Calmette e Camile Guerin identificaram o BCG (abreviatura de Bacilo da Calmette e Guerin), permitindo assim criar a 1ª vacina contra a tuberculose.

Mas a doença permaneceu incurável até 1994, altura em que foi descoberta a Estreptomicina. A partir dessa data passou a ser possível utilizar antibacilares que, quando associados, permitiam a cura de quase todos os casos.

A evolução no tratamento da tuberculose foi positiva até aos anos 80, altura em que se notou um retrocesso devido ao aparecimento de uma nova epidemia: o VIH/SIDA. O cruzamento destas duas doenças contagiosas conduziu ao reaparecimento das formas graves de tuberculose e à ineficiência dos fármacos utilizados no seu tratamento. Mediante este quadro, a Organização Mundial da Saúde acabou por declarar a doença como uma emergência a nível mundial em 1993.

Actualmente, com os avanços científicos e tecnológicos nesta área, aliados à existência de uma vacina e de um tratamento eficaz, tornou-se possível controlar a doença. No entanto, a tuberculose continua a ser um grave problema de saúde, matando cerca de 22 milhões de pessoas por ano a nível mundial.

Andreia Parente