Na agenda da primeira visita oficial de Tony Blair a Portugal estava o combate ao terrorismo, o Iraque, a NATO e a Cimeira Europeia da Primavera, que decorre entre hoje e amanhã, em Bruxelas.

No final do encontro, Durão Barroso e o seu homólogo britânico apelaram à unidade europeia no combate ao terrorismo independentemente das posições divergentes quanto à guerra no Iraque.

Com os atentados no centro das atenções, Blair considerou ser impossível negociar com a Al-Qaeda e reiterou que seria uma vitória para os terroristas se a Europa não conseguisse unir-se de novo contra o que considera ser uma ameaça aos valores europeus.

Os dois líderes debateram a questão do Iraque e defenderam a permanência e o apoio da Comunidade Internacional durante o processo de transição e mesmo depois de 30 de Junho, caso o governo iraquiano solicite ajuda aos aliados.

Barroso e Blair manifestaram ainda a intenção dos Estados-membros chegarem a acordo quanto à futura Constituição Europeia durante a presidência irlandesa.
Depois do encontro com o primeiro-ministro português, Tony Blair visitou o Presidente Jorge Sampaio para falar sobre o tema que domina a actualidade, o combate ao terrorismo.

Debaixo de fortes medidas de segurança e manifestações de protesto organizadas pelo PCP e Bloco de Esquerda, a visita do chefe do governo inglês serviu para reforçar a velha aliança luso-britânica numa Europa cada vez mais dividida.

Depois da sua visita a Portugal, o primeiro ministro britânico seguiu para a Líbia, para um encontro com o Muammar Kadhafi. Encontro esse que marca a viragem no processo de isolamento internacional da Líbia.

Carla Sousa

Foto: Reuters