O vice-presidente da Câmara do Porto (CMP) está convicto de que as suas políticas sociais estão a dar frutos e aponta o tema “segurança” como exemplo. “Aquele que era o maior problema da cidade foi resolvido com a convivência das pessoas”, afirmou.

Paulo Morais partilha da ideia de que “os melhores garantes da segurança são os próprios cidadãos” e que a melhor forma de dinamizar as zonas deprimidas do Porto é “promovendo a inter-relação social e cultural das pessoas de forma a abrir os bairros à cidade”.

Pela promoção social

O vereador da Habitação e da Acção Social quer “tirar as pessoas dos guetos e integrá-las de forma concertada com outras facetas da sociedade”. É nesse sentido que surge a Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto (ex-Fundação para o Desenvolvimento do Vale de Campanhã), instituição presidida também por Paulo Morais e que intervém nas zonas deprimidas da cidade, usando verbas provenientes do programa Urban II.

A actividade da Fundação passa pelos centros sociais, atendimento, programas de apoio a emigrantes, comissões de protecção de crianças, assim como por algumas parcerias com outras entidades. Segundo Paulo Morais, o objectivo principal da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto é “conseguir juntar meios e recursos que possam ser utilizados na progressão social dos portuenses”. O vereador não deixa de dizer que “tudo isto só pode ser feito em interacção com a cidade e de uma forma economicamente sustentada”.

Falta dinheiro para o Porto Feliz

A Fundação também trabalha nas situações de exclusão social extrema. Exemplo disso é o programa Porto Feliz, que tem em vista a recuperação e reabilitação de arrumadores e toxicodependentes da cidade. No entanto, o projecto tem tido problemas financeiros e, apesar dos “bons resultados” produzidos, “há alguns problemas de tesouraria”.

Paulo Morais disse ao JornalismoPortoNet que este programa é financiado pelo Ministério da Educação, pela CMP e pela Segurança Social. “É nesta terceira parte que surgem os problemas de tesouraria”, revelou. O vereador chega mesmo a dizer que “as transferências têm que ser rapidamente feitas da Administração Central” de forma a não comprometer o projecto, que neste momento abrange cerca de 400 pessoas, pois “só a vontade política não chega”.

Paulo Morais aponta três objectivos para o sucesso do Programa Porto Feliz: a intervenção de carácter sócio-sanitário, a diminuição da exclusão social e a segurança. “Agora os cidadãos do Porto sabem que existe uma retaguarda de suporte para com os mais desfavorecidos”, afirmou. O vereador salientou que “todos os que passaram pelo Porto Feliz tiveram uma promoção social, e isso reflectiu-se na segurança das pessoas”.

Bruno Amorim