A sessão de homenagem tem lugar no Anfiteatro Nobre da FLUP, pelas 18h00. A professora Isabel Pires de Lima faz o elogio ao académico. Ferreira de Brito inciou a sua carreira como docente na Faculdade, em Outubro de 1974.

Formado em Filologia Românica, o professor leccionou até ao ano passado, tendo proferido, na sua última aula, uma lição intitulada «Para uma teoria do riso e a sua escala cromática». Ainda na Faculdade de Letras, a “casa-mãe” do catedrático, tal como a definiu, Ferreira de Brito foi também criador do Departamento de Estudos Franceses.

Em 1983, o professor foi agraciado pelo Governo francês com a condecoração de Cavaleiro na Ordem das Palmas Académicas. Este galardão foi atribuído em reconhecimento da sua dedicação aos estudos de investigação e da docência sobre a francofonia, particularmente na sua relação cultural com Portugal.

Apesar de jubilado, Ferreira de Brito mantém-se ligado à vida académica, ora na orientação de teses de doutoramento ora proferindo comunicações. O professor revelou ao JornalismoPortoNet que “enquanto viver e enquanto estiver lúcido” se manterá ligado à vida académica.

Nascido em Penafiel, António Ferreira de Brito expressou desde novo os sentimentos da liberdade e da opressão, temas recorrentes nalguma da sua poesia, presente, por exemplo, no seu livro «Introspecção», de 1964, uma edição de autor que escapou à censura.