Paulo Morais não acredita que Rui Rio vá abandonar a Câmara do Porto (CMP) no final do seu mandato. “Ele não vai deixar a cidade”, disse.

O vice-presidente está também disposto a continuar por mais quatro anos, sempre “com lealdade ao programa eleitoral e a Rui Rio”. Sem esquecer a sua carreira profissional enquanto professor universitário de Estatística, Paulo Morais refere que estará sempre disponível para “ajudar Rui Rio”.

Paulo Morais rejeita a ideia de que o Porto está a perder protagonismo nacional: “a cidade tem ganho protagonismo e não é por acaso que a agenda do presidente é verdadeiramente nacional”. O número dois da autarquia portuense considera que “o Porto não precisa de se pôr em bicos de pés para dizer que é uma capital regional”.

“Há políticos que não sabem fazer mais nada”

“Foi uma surpresa”. Assim respondeu, prontamente, o vice-presidente da CMP acerca da vitória de Rui Rio nas eleições autárquicas de 2001. “Como ninguém esperava que ganhássemos, não estávamos comprometidos com ninguém e não precisávamos disto para nada”, disse o vereador da Habitação e Acção Social, aludindo ao facto de nenhum elemento da coligação PSD-PP ser “político de profissão”, o que os torna menos vulneráveis a ceder a pressões.

Paulo Morais identifica um dos principais problemas da política em Portugal. “Muitos políticos não sabem fazer efectivamente mais nada e travam o desenvolvimento do país”, comentou ao JornalismoPortoNet.

O vereador diz sentir um “grande apoio das pessoas do Porto”, ao contrário da “opinião publicada”. “Numa sociedade em que se dá mais valor ao parecer do que ao ser, quem manda na cidade do Porto é o próprio povo do Porto”, realça.

Bruno Amorim