Começou em Outubro e já abrange milhares de alunos da Universidade do Porto (UP). Chama-se “e-learning” e é uma forma de ensino à distância. O projecto foi desenvolvido pelo Instituto de Recursos e Iniciativas Comuns da UP (IRICUP), através do Gabinete de Apoio para as Novas Tecnologias na Educação (Gatiup).

O “e-learning” da UP é constituído por duas plataformas – o WebCT e o LUVIT. Nestes dois portais, alunos de diversos cursos da UP acedem a conteúdos específicos de determinadas disciplinas. Poderão, por exemplo, comunicar online com os professores, com os colegas, publicar eventuais trabalhos ou imprimir as aulas. De acordo com Rita Falcão, do Gatiup, apenas as faculdades de Belas Artes, Farmácia e Medicina ainda não utilizam o ensino à distância.

“O e-learning é sempre um complemento [às aulas presenciais] e não um substituto”, refere Carlos Oliveira, docente da Faculdade de Engenharia (FEUP) que utiliza o LUVIT, em declarações ao JornalismoPortoNet. “Na nossa faculdade, cerca de 2.000 alunos e 50 professores utilizam o ‘e-learning’, o que corresponde a 100 disciplinas da FEUP”, acrescenta.

De acordo com Rita Falcão, o ‘e-learning’ “pretende potenciar o ensino presencial com as novas tecnologias”. “Não pretende ser um ensino totalmente à distância. Na UP, o que se pretende é utilizar as novas tecnologias para melhorar o ensino”, refere.

Para Carlos Oliveira, o “e-learning” não irá substituir o ensino presencial. “Não utilizamos o ‘e-learning’ sozinho. Temos sempre um acompanhamento presencial. O ‘e-learning’ é muito bom, por ser trabalho cooperativo. Daqui a três a cinco anos, todos os alunos de todos os cursos irão utilizar estas ferramentas”, afirma.


Alunos falam do e-learning

Bruno Amorim, aluno da Faculdade de Letras (FLUP), já utilizou o LUVIT, uma das plataformas do ‘e-learning’. “É uma iniciativa interessante que permite o contacto diário com os professores. Por um lado, substitui o ensino presencial, por outro não. Existem, por exemplo, dúvidas das aulas que só podem ser esclarecidas pessoalmente”, afirma.

Também Filipa Silva, aluna da FLUP, refere que o ‘e-learning’ facilitou o contacto com os professores. Mas aponta desvantagens. “A ideia de aproximar pessoas que fisicamente não estão presentes é boa. Mas às vezes não funciona em termos técnicos. Muitas vezes, não conseguimos aceder ao portal”, lamenta.

Daniel Vaz

FOTO: http://elearning.up.pt