O transplante hepático é o ultimo recurso utilizado na tentativa de estagnar a paramiloidose.

Antes de se proceder ao transplante, é necessário assegurar que todos os outros tratamentos foram experimentados anteriormente. É também de extrema importância verificar se o paciente está em condições de ser submetido a uma intervenção cirúrgica e de receber o órgão.
O tempo de espera a que o paciente é submetido varia entre os seis e os nove meses. O fígado tem de ser compatível com o tipo de sangue e também com o tamanho.

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O transplante de fígado não elimina os danos já existentes (normalmente atrofia de membros, incontinência e impotência), apenas atenua os que tenderão a aparecer por algum tempo. É por isso bastante importante que a doença se detecte na sua fase inicial.

Natália Oliveira, do Centro de Estudos da Paramiloidose na Póvoa de Varzim, pensa que “o doente depois de transplantado assume uma outra perspectiva de vida porque tem mais esperança e de alguma maneira acha que desta forma vai conseguir concretizar alguns dos seus objectivos”. “No entanto, tenho a perfeita noção de que não procuram a cura porque sabem que ela não existe, mas depositam demasiada esperança no transplante hepático como a única forma que têm de continuar a viver”, acrescenta.

Cátia Araújo