Durão Barroso aconselhou hoje os civis portugueses que estão no Iraque a abandonar o país. O pedido do primeiro-ministro português surge na sequência do clima de tensão que se vive no Iraque, um país que não oferece condições de segurança.

«A nossa recomendação é que, para além do estritamente necessário, não haja civis portugueses no Iraque», afirmou.

A TSF avançou que apesar da situação complicada que se vive no país, o primeiro-ministro garante que não está nos planos do Governo alterar a missão da GNR no Iraque.

A França também já recomendou que os civis que estão no Iraque se retirem. A recomendação foi «formalmente» feita hoje, pelo porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros.

«Recomendamos formalmente aos franceses que se preparem para abandonar o Iraque», declarou Hervé Ladsous durante uma conferência de imprensa.

Cidadãos russos já foram libertados

Segundo a Reuters os oito russos já foram libertados e regressaram a casa, um dia depois de terem sido sequestrados. A garantia foi dada pelo director-geral da empresa «Interenergoservis» à agência Interfax. Até ao momento a identidade dos raptores ainda não é conhecida, nem o que levou a esta rápida libertação.

A Rússia informou esta terça-feira que os oito sequestrados são trabalhadores de uma empresa de energia. Aquele país tem cerca de 600 especialistas a trabalhar no Iraque.

Adianta o site da Reuters que a televisão Al Jazeera informou que os oito cidadãos russos foram sequestrados na sequência de um tiroteio entre as tropas iraquianas e raptores.

“Confirmo que oito trabalhadores da empresa «Interenergoservis» de Bagdad foram raptados”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Alexandre Iakovenko, em declarações à televisão.

E os raptos continuam…

Quatro italianos são agora as novas vítimas dos raptores – notícia de última hora da agência Lusa. Os cidadãos são funcionários de uma empresa privada e estão dados como desaparecidos, desde ontem, revelou o chefe da embaixada italiana em Bagdad, Gianludovico de Martino.
Segundo a estação “Al Jazeera”, a “resistência iraquiana” exige, para libertar os quatro homens, que as forças italianas abandonem o país.

A Reuters adianta também que os setes cidadãos chineses, feitos reféns no domingo na região de Falluja, foram hoje libertados. De acordo com a agência Xinhua, dois dos raptados tinham sido feridos ligeiramente num acidente. Os sete cidadãos eram da província litoral Fujian do sudeste da China. O mais velho tem 49 anos e o mais novo 18.

Ataque de morteiro mata um iraquiano

Ao início da manhã a capital iraquiana, junto à sede da coligação, foi atingida por mais uma explosão.
Segundo a Reuters que cita uma testemunha no local, o ataque causou a morte a um condutor iraquiano, quando o carro em que seguia foi atingido por estilhaços e originou uma cratera no pavimento.

Antes ouviram-se duas explosões na zona do quartel-general das forças americanas. No entanto, não há registo de feridos ou danos no local.

Trata-se de mais um incidente, numa altura em que se intensificaram os ataques à coligação pelas milícias fieis ao líder radical xiita Moqtada al-Sadr e em que o número de cidadãos estrangeiros raptados aumenta.

A situação difícil que se vive no país levou já hoje o Conselho do Governo transitório iraquiano a renovar o seu apelo a um cessar-fogo e às reuniões de dignitários nas zonas de tensão para restabelecer a ordem.

Andreia Abreu