Após 17 horas de negociações, os ministros da Agricultura da União Europeia conseguiram chegar a um acordo para a reforma da OCM do azeite, tabaco, algodão e lúpulo, que atinge sobretudo Portugal, França, Espanha, Itália e Grécia.

Portugal garantiu 19,6 milhões de euros em ajudas comunitárias para os 30 mil hectares de olival que tinha sido autorizado a plantar em 1998. Destes, 15 mil já estão plantados e os restantes vão sê-lo até ao fim do programa, em 2006.

A Comissão Europeia decidiu ainda retirar 60% dos apoios da quantidade produzida e reservar 40% para os hectares plantados.

No caso do tabaco, a Comissão Europeia decidiu flexibilizar as percentagens das ajudas desligadas da produção. Os Estados-membros podem decidir reter até 60% dos montantes enquanto pagamento não dissociado.

O sector do algodão recebeu uma desvinculação das ajudas em 65%, um golpe duro para a Espanha, segundo o «El Mundo», onde existem 90.000 hectares de cultivo. A ministra espanhola da Agricultura, Pesca e Alimentação, Elena Espinosa, anunciou ao diário, que se prepara para recorrer ao Tribunal de Luxemburgo, nomeadamente no âmbito das reformas do azeite e algodão.

A reforma recebeu os votos contra da Dinamarca, Suécia e Espanha, que saiu da reunião sem qualquer ajuda adicional para as plantações de olival, quando reivindicava 119 milhões de euros.

Carla Gonçalves