A 24 de Março de 1882, Robert Koch descobria o microorganismo responsável pela tuberculose, que posteriormente viria a ser baptizado de bacilo de Koch. A partir de então, a data passou a ser assinalada como Dia Mundial da Tuberculose.

Embora o bacilo tenha sido identificado no século XIX, só no século posterior é que viria a ser descoberto um microrganismo capaz de resistir e prevenir a doença. Em 1913, Albert Calmette e Camile Guerin identificaram o BCG (abreviatura de bacilo de Calmette e Guerin), dando um importante passo para a prevenção da tuberculose.

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No entanto, a doença permaneceu incurável até aos anos 40, altura em que foi descoberta a estreptomicina. A partir de então tornou-se possível utilizar antibacilares que, quando associados a esta substância, permitiam a cura de quase todos os casos.

A evolução no tratamento da tuberculose foi positiva até aos anos 80, altura em que sofreu um retrocesso. Surgia por essa altura uma nova epidemia: o VIH/SIDA. O cruzamento destas duas doenças contagiosas conduziu ao reaparecimento das formas graves de tuberculose e à ineficiência dos fármacos utilizados no seu tratamento. Perante este agravamento, Organização Mundial de Saúde acabou por declarar a doença como emergência mundial, em 1993.

Actualmente, com os avanços científicos e tecnológicos nesta área, aliados à existência de uma vacina e de um tratamento eficaz, tornou-se possível controlar a doença. No entanto, a tuberculose continua a ser um problema grave a nível mundial, matando cerca de 3 milhões de pessoas a cada ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os investigadores têm registado taxas altas de casos multiresistentes nos países de leste e também na China. Segundo o relatório apresentado pela organização, há cerca de 2 biliões de pessoas infectadas em todo o mundo e nenhum país está seguro, devido às movimentações da população.