Este acontecimento desportivo vai trazer à cidade “milhares” de turistas, daí a necessidade de alterar os “péssimos hábitos” dos portuenses, que continuam a “colocar lixo para o chão” e a necessidade dos turistas “levarem uma imagem de limpeza da cidade e que eles possam regressar no futuro, não por causa de jogos de futebol”, mas porque “gostam da cidade”, afirma Rui Sá, vereador do ambiente.

Para assegurar um serviço mais eficaz, neste período desportivo, o pelouro do ambiente decidiu contratar mais 165 cantoneiros. No entanto, este plano não vai ter execução prática porque “esqueceram-se que era necessário fazer provas médicas aos cantoneiros”, disse o vereador.

No entanto, a limpeza da cidade será garantida através do reforço das horas extraordinárias dos cantoneiros que já existem e através da contratação, por concurso, de empresas privadas, cujos serviços serão pagos com o orçamento inicialmente previsto para a aquisição dos ditos cantoneiros. Estas entidades vão assegurar a limpeza da via pública “24horas sobre 24horas”, garante Rui Sá.

Porto mais limpo. Cidade acolhedora

É o nome da campanha de sensibilização da população A ideia é mostrar que “a cidade será tanto mais acolhedora quanto mais limpa for e depende também da atitude que os munícipes tomarem em relação à limpeza”, concretiza Rui Sá.

Neste mês de Maio, uma onda verde vai assolar a cidade. A campanha consistirá na distribuição de folhetos, cartazes e brindes ou ainda num desfile de viaturas municipais com mensagens alusivas à limpeza urbana e espaços verdes. Entre os dias 18 e 22 de Maio, vários locais da cidade vão receber teatro de rua que terão como tema central a limpeza urbana.

Portuenses e ambiente: uma relação difícil

Todos os dias são recolhidos das ruas da cidade do Porto, mais de 30 toneladas de lixo. É este número que a Câmara Municipal quer ver reduzido.

Para Rui Sá, a atitude dos portuenses em relação às questões ambientais “tem piorado”, devido “à degradação das condições sociais. Sempre que há uma situação de crise social, normalmente há uma tendência maior para aumentar a sujidade da cidade”, disse o vereador. Os sem-abrigo e os «catadores», produzem grandes quantidades de lixo na rua.

Outro problema que “se tem vindo a gravar são os dejectos caninos nas ruas da cidade. Esse é um problema que exige uma atitude diferente” por parte da população, conclui Rui Sá.

Vânia Cardoso