Passava já das dez e a casa estava pouco cheia quando dizeres praxísticos abriram o Sarau Cultural no Teatro do Terço. A sexta noite de queima é por tradição, uma das melhores noites do queimódromo. O Sarau é alternativa.
Ricardo Reis, um dos organizadores do evento e estudante no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), conta que “este é um espectáculo com muita tradição, no entanto, por tradição não tem muita afluência…”. Contudo, mantém as expectativas, “a sala é muito grande, os grupos participantes são diversificados e temos todas as condições para que a noite corra bem”.

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Aos poucos a sala foi ficando cheia. Flávio Alves, estudante de Enfermagem conta que “é muito importante vir aqui apoiar o trabalho dos amigos”, mas logo os seus colegas acrescentam que “talvez a noite do queimódromo esteja mais animada…”

As críticas à falta de divulgação do evento são apontadas por muitos, como a causa da falta de adesão ao Sarau.
Fernando Monteiro, estudante do ICBAS, afirma que “duvida que a sala encha, pois este é um evento pouco divulgado”.

Para Beatriz Casais, do Orfeão do Porto, “se as comissões de praxe e as comissões de estudantes divulgassem o evento a noite poderia ser muito mais interessante.”
“A queima das fitas não é só o queimódromo, nem andar nos copos. Este tipo de actividades é muito importante, porque reforça a coesão entre alunos”.

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O sarau prolongou-se noite fora ao som das tunas femininas. Houve ainda tempo para danças regionais, modernas e latinas, acobracias e bossa nova, fados e serenatas.
Uma noite longa, com doze grupos participantes, a festejar a queima no centro do Porto.

Carla Gonçalves