Juíza de instrução do processo Casa Pia decidirá quais os arguidos que vão ou não a julgamento.

Quase dois anos depois, estão a chegar os momentos decisivos no processo jurídico mais mediático dos últimos anos em Portugal. No dia 31 de Maio, a juíza Ana Teixeira e Silva vai decidir se os 10 arguidos do escândalo de pedofilia da Casa Pia vão ou não a julgamento.

O debate instrutório do processo Casa Pia teve início na segunda-feira de manhã e terminou depois das 04:00 de terça-feira. O juiz de instrução tem um prazo de 10 dias para proferir um despacho de pronúncia ou não pronúncia. Segundo a Agência Lusa, Paulo Sá Cunha frisou que esse é um período meramente indicativo. O advogado do antigo provedor-adjunto da Casa Pia, Manuel Abrantes, afirmou que a marcação da leitura de despacho de pronúncia ou não pronúncia para 31 de Maio foi justificada pela juíza dada a complexidade do processo.

Neste momento, apenas um dos arguidos se encontra em prisão preventiva (Bibi) e três estão em prisão domiciliária (Carlos Cruz, Jorge Ritto e João Ferreira Diniz). Os restantes arguidos que estão à espera do veredicto da juíza de instrução são Manuel Abrantes, o deputado socialista Paulo Pedroso, o advogado Hugo Marçal, o humorista Herman José, o arqueólogo Francisco Alves e Gertrudes Nunes, a dona da casa de Elvas onde alegadamente ocorreram os abusos sexuais de menores.

Os 10 arguidos do processo Casa Pia são acusados de vários crimes, entre os quais, o abuso sexual de crianças, lenocínio, abuso de pessoa internada, acto homossexual com adolescentes, peculato e posse ilegal de armas e munições.

Bruno Amorim