O índice de preços no consumidor aumentou 0,9%, impulsionado sobretudo pelos sector do vestuário e calçado, segundo o INE.
Esta subida coloca a inflação homóloga, que compara com o respectivo mês do ano transacto, nos 2,3% e a inflação média anual nos 2,7%.

Em termos mensais, a classe do vestuário e calçado foi a que mais se destacou em termos do valor apresentado para a variação mensal (7,1%). O relatório explica que “a entrada das novas colecções de vestuário e calçado, que tem lugar após o final da época de saldos, esteve na origem das evoluções de carácter sazonal referidas”.

Só a classe dos Restaurantes e Hotéis justifica cerca de 20% da variação homóloga total.
Os “subgrupos” que registaram contribuições positivas para a variação homóloga total do índice de preços no consumidor foram, à semelhança dos meses anteriores, “os restaurantes, os cafés e estabelecimentos similares, o pão e cereais, e o Ensino Superior”.

As variações mensais registadas nas classes dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (0,8%) e dos transportes (0,6%) foram determinadas, essencialmente, pelos aumentos registados nos preços da carne, dos produtos hortícolas e nos preços dos combustíveis e lubrificantes para equipamento de transporte pessoal, respectivamente.

Dentro da classe Transportes, o relatório sublinha que o subgrupo “combustíveis” que “tem evidenciado, de forma sistemática, uma evolução mensal de sinal positivo desde o início do ano”, registando um aumento acumulado dos preços (do início do ano até Abril) de cerca de 6%.

O INE aponta ainda que a taxa de desemprego atingiu os 6,4% no primeiro trimestre de 2004, registando um aumento de 0,1 pontos percentuais.Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) o desemprego em Portugal deve atingir os 6,6% ainda este ano.

Carla Gonçalves