O Estádio Ullevi, em Gotemburgo, recebeu o jogo que decidiu o sucessor do F.C.Porto na conquista da Taça UEFA. O Valência levou a melhor sobre o Marselha, num jogo que ficou marcado pela expulsão de Barthez. O guarda-redes francês derrubou dentro da área Mista, já em período de compensações da primeira parte. Barthez foi expulso e de penalty Vicente inaugurou o marcador.


Este foi o minuto que desequilibrou o jogo. A primeira parte foi dividida e sem grande emotividade. Na etapa complementar, com um homem a mais e a “respirar” a confiança que a vantagem lhe dava, o Valência foi melhor e acabou por justificar um triunfo para o qual já era favorito. Aos 58 minutos, e usando o “veneno” do Marselha, o contra ataque, Mista marcou o segundo e acabou definitivamente com as esperanças gaulesas.

O Valência tornou-se a primeira equipa a poder exibir um troféu da Taça Uefa e outro da Taça das Cidades com Feiras, competição que originou aquela que é, actualmente, a segunda maior competição europeia de clubes. O clube espanhol fez assim mais uma festa, numa época verdadeiramente sensacional para os “ches” que conseguiram o ambicionado “doblete” (Campeonato e Taça Uefa).

Mista sucede a Derlei

Mista e Vicente foram os destaques do novo dono da Taça Uefa. Ambos marcaram um golo e estiveram na origem de outro. O avançado foi considerado o melhor em campo e recebeu o prémio que o ano passado foi destinado a Derlei, jogador do Porto. Um prémio justo para um jogador que foi esquecido por Iñaki Saéz na convocatória para a selecção espanhola que vai disputar o Europeu. Mista apontou nesta época um total de 24 golos, sendo que 19 foram para o campeonato, onde se sagrou o melhor marcador espanhol da Liga.

Reacções

No final do jogo, Rafa Benítez, o técnico do clube espanhol agradeceu a todos os que ajudaram a equipa e explicou as razões do sucesso: “somos uma verdadeira equipa, trabalhamos em bloco. É a soma da qualidade de todos os jogadores que faz a nossa força. Vamos tentar manter esta mentalidade o maior tempo possível.” Já José Anigo, o homólogo do Marselha afirmou-se “destroçado”, mas satisfeito pela época que considerou “excepcional”. O técnico francês não contestou a expulsão do seu guarda-redes mas considerou-a um lance decisivo, questionado-se “como seria o jogo se acabasse onze contra onze”

André Morais

Fotos: Marca