O projecto começou bem com a atribuição de um subsídio de 45 mil euros e com a contratação da SFX Studio para tratar dos efeitos especiais. A produção é entregue à Filmes da Rua, mas tarda em avançar, alegadamente por falta de verbas. Ao deparar-se com os telefones desligados e os escritórios vazios, Filipe Melo descobre que a Filmes da Rua se tinha apropriado ilegalmente do dinheiro e fechado as portas. Segue-se uma longa batalha jurídica para reaver os direitos sobre o filme.

De volta à estaca zero, Paula Diogo e Cláudia Gaiolas juntam-se a Filipe Melo e formam a sua própria produtora – O Pato Profissional. Uma vez reunida a equipa técnica e artística, a produção segue para Tondela, o local escolhido para as filmagens. Aí sofrem com os rigores do Inverno, que, juntamente com alguns erros de planeamento, dilatam os custos de produção da obra. Chegada a altura da pós-produção, novo percalço, mais uma vez relacionado com dinheiro. Desta vez é o cidadão espanhol encarregue daquele processo que desvia fundos ilegalmente e motiva um atraso superior a um ano no lançamento do filme, o que aconteceu em 2003.

Desde aí, a trajectória do filme foi bem melhor sucedida e os acontecimentos por trás da rodagem deram mesmo origem a um documentário incluído no DVD.

Léccio Rocha