Depois da passagem pelo Fantasporto, o filme chegou também às salas de cinema em Outubro e por fim em Dezembro foi lançado em DVD. Para Filipe Melo, produtor e argumentista da curta metragem, o lançamento do filme naquele formato foi o “culminar de uma aventura épica” que ocupou os últimos quatro anos da sua vida. Por isso mesmo confessa que foi “picuinhas” durante a elaboração do DVD, já que “tudo desde a capa aos conteúdos tinha de ficar perfeito”. Apesar de orgulhoso com o resultado final “digno de mostrar aos netos”, Filipe Melo mostra-se um pouco desiludido por as vendas “não estarem a correr nada de especial”.

O cinema português parece apostado em reconciliar-se com o seu público, mas, apesar de ter vindo a diversificar as suas propostas, continua a negligenciar o género fantástico. Para Filipe Melo, é apenas “uma questão de tempo” até que tal venha acontecer, até porque “os portugueses tem muita imaginação”. O argumentista de I’ll See You In My Dreams acha que falta apenas aparecer um filme que “seja um bom negócio”, para que a indústria aposte no cinema. Essa é uma condição essencial para equiparar Portugal, por exemplo, a Espanha. Ainda assim, tanto a Europa como os EUA estão longe do cinema asiático, que em matéria de terror está “muito acima de todos os outros”.

Léccio Rocha