Foi nos finais do século XIX que Carllo Collodi escreveu “As aventuras de Pinóquio”, o menino que antes de o ser foi pedaço de madeira moldado na oficina do velho marceneiro Geppetto. O grupo teatro portuense Art’ Imagem é o responsável por recriar mais uma vez esta história fantástica onde se cruzam verdades, e sobretudo mentiras, num tempo em que os animais falavam e os objectos podiam ganhar vida própria com ajuda de fadas de cabelo azul turquesa.

A ficção e a realidade dos contos infantis como Pinóquio volta a juntar-se num espectáculo aberto a pais e filhos, avós e netos, na Biblioteca Almeida Garrett. Nas palavras de Flávio Hamilton, o actor que dá vida ao grilo falante de Pinóquio, esta peça “para os miúdos é uma coisa que os pode fascinar com as imagens e para os adultos é recebida descortinada de uma outra forma, porque já passaram pela infância. O que é interessante é o regresso á infância”.

Por trás da fábula para crianças, Pinóquio esconde uma metáfora para os mais crescidos: mentir não compensa.

Em cena desde 26 de Fevereiro, Pinóquio continua a encher o auditório no Palácio de Cristal até 19 de Março. As sessões de segunda a sexta-feira são para os espectadores mais pequenos (10h00 e 14h00), ao fim-de-semana (15h00 e 21h30), é a vez dos maiores poderem dar um saltinho até ao teatro. Os bilhetes custam entre três e dez euros.

Bruna Pereira