Os Keane, fenómeno do momento por toda a Europa, trazem hoje a Portugal o seu som pop. Logo à noite, poder-se-ão escutar, no Coliseu dos Recreios, êxitos como «Somewhere only we know» ou «This is the last time», canções que entram facilmente no ouvido e fizeram com que o álbum “Hopes and fears” atingisse o primeiro lugar do top português. Consequência do sucesso: já não há bilhetes para hoje.

A banda de Tom Chaplin, sem grandes novidades, aposta sobretudo na melodia simples, parente mais pobre dos Coldplay, mas com uma característica pouco comum em bandas deste estilo: não tem guitarras. As letras reflectem os desgostos amorosos do vocalista e outros temas sentimentais, por vezes, de forma poética. Os Keane surgiram no East Sussex, Inglaterra, no final dos anos noventa.

Alguns dirão que a primeira parte do concerto será o ponto alto da noite. Rufus Wainwright, canadiano, letrista “a sério”, com verdadeiras pérolas que vale a pena ler para além de ouvir, actuará antes dos britânicos. Bastante mais experiente, artista de culto anti-preconceito, Wainwright explora a audácia na melancolia das suas canções. O concerto serve para mostrar aos portugueses o seu último álbum, “Want two”.

Se perder a esta oportunidade, não se preocupe muito. Tantos Rufus como os Keane regressarão em breve a Portugal: o primeiro já a 25 de Abril, no Coliseu do Porto; os segundos actuarão a 14 de Agosto, na primeira parte dos U2. Aguarda-se a confirmação dos escoceses Franz Ferdinand para fazer companhia aos Keane na recepção à banda de Bono Vox.

Carlos Luís Ramalhão