A CTT decidiu abandonar o Palácio dos Correios no Porto. A empresa alegou que a “renda é demasiado alta”, não se justificando a permanência naquele espaço.

A decisão dos CTT originou algumas reacções negativas. Os funcionários, que serão distribuidos por Matosinhos e Perafita, mostraram-se descontentes com a retirada da empresa daquele espaço. Em declarações ao JPN, a telefonista Deolinda Vilas Boas confessa estar “desiludida com a forma como as coisas foram feitas”.

A telefonista disse ainda que “ninguém contactou os funcionários a propósito da redistribuição dos locais de trabalho” e que “os esforços dos trabalhadores em impedir a saída da estação foram ignorados”. 40 dos trabalhadores assinaram uma petição, sugerindo que as instalações dos CTT passassem para o largo 1º de Dezembro, na Batalha. “O abaixo-assinado não deu em nada e não obtivemos qualquer resposta”, explicou a telefonista. Os trabalhadores foram encaminhados para outras estações na zona períférica, “mas pagam as deslocações na totalidade”, conclui a funcionária

Câmara protesta

Também a Câmara Municipal do Porto se mostrou indignada com a atitude dos CTT. O JPN teve conhecimento que Rui Rio terá enviado uma carta ao presidente do conselho de admnistração da empresa em questão, Carlos Horta e Costa, pedindo um reexame do projecto. O autarca relembrou o processo de revitalização da baixa portuense, que é posto em causa pela saída desta estação.

Os CTT mantiveram-se inflexíveis na reavaliação do processo. Os funcionários abandonam hoje, definitivamente, o Palácio dos Correios.

Agostinha Garcês de Almeida