A secretaria de Estado dos Transportes apresentou um conjunto de alternativas para a linha amarela do metro do Porto face à polémica passagem do metro em frente ao S. João.

Pela voz da secretária de Estado dos transportes, Ana Paula Vitorino, o Governo propôs uma alternativa à polémica instalada. A secretária de Estado defende o afastamento das composições da entrada da unidade hospitalar, de modo a permitir que “a reversão do material circundante possa ser feita antes de chegar à frente da porta principal”, evitando assim a passagem do metro à superfície.

Recorde-se que projecto prevê o desenterramento em frente ao hospital de S. João, facto que não foi bem recebido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e pelo hospital. O descontentamento levou à criação de uma comissão “ad-hoc”, que interpôs uma providência cautelar à Metro S.A. para que as obras parassem. Em causa, está a falta de segurança dos utentes e alunos daquela área e os difíceis acessos ao hospital. A solução apontada pela secretária de Estado dos Transportes apresenta-se como alternativa à proposta da comissão “ad-hoc”, que sugeria o enterramento do metro.

Embora receptiva a esta alternativa, a comissão não exclui no entanto a sua proposta inicial de enterramento. Contudo, seja qual for a solução adoptada, a obra “não pode avançar sem antes ser feito um estudo mais aprofundado sobre a segurança dos utentes da passagem do metro nesta área,” afirmaram os representantes da comissão ontem, quarta-feira, numa conferência de imprensa.

A Metro S.A, fez saber pelo seu presidente interino Rui Rio, que ainda não foram feitos estudos sobre os custos das soluções apontadas. Segundo o presidente, ontem durante a apresentação do Urbanismo Masterplan da Porto Vivo, “se o governo quiser intervir e pagar o projecto, não me vão ter como grande contestatário”. Rui Rio deixa assim em aberto a aceitação da alternativa governamental.

Agostinha Garcês de Almeida
Pedro Gonzaga Nolasco