No dia 23 de Abril, comemora-se um pouco por todo o mundo, em cerca de 100 países, o Dia Mundial do Livro. Este ano a iniciativa, instituida pela Conferência Geral da UNESCO em 1995, celebra o seu décimo aniversário.

O Dia Mundial do Livro é uma data simbólica para promover hábitos de leitura. E o livro é, também ele, um símbolo de troca de experiências e de universos paralelos. Numa iniciativa que se pretende universal, a Câmara do Porto contribui hoje para a promoção do livro e da leitura.

A câmara vai realizar vários eventos para assinalar a data. As livrarias da cidade poderão estar abertas até às 24 horas e estão também autorizadas a ocupar os passeios junto ao seu estabelecimento com mesas para a venda de livros na rua.

A iniciativa parece, contudo, parece não ter sido muito divulgada, como contaram ao JPN Diana Ferreira da livraria Poetria e Fátima Branco da livraria Académica. As responsáveis pelas duas livrarias revelaram desconhecer a iniciativa da camarária.

“Não vamos aderir à iniciativa mas, mesmo que aderíssemos, seria um desperdício porque a partir das nove da noite não passa vivalma. Era preferível irmos todos para a Rua Santa Catarina que é muito visitada, haveria mais hipóteses de venda”, confessa Fátima Branco da livraria Académica.

Uns metros mais abaixo da Académica encontarmos a livraria Poetria onde, apesar de Diana Ferreira também desconhecer a iniciativa, parece estar mais optimista com a hipótese da abertura prolongada e da colocação de bancas no passeio. “Já o ano passado aderimos ao Dia Mundial do Livro, fizemos promoções e oferecemos rosas aos clientes”, conta a sócia da Poetria. Mas, apesar do esforço, Diana Ferreira lamenta que “o ramo de rosas que comprámos para oferecer chegou ao fim do dia ainda por acabar”.

No país com a mais elevada taxa de iliteracia da UE e onde cada vez se compram menos livros, a promoção de hábitos de leitura é uma tarefa vital.

Os visitantes da Biblioteca Pública Municipal do Porto e da Biblioteca Almeida Garret recebem hoje livros editados pela câmara municipal e a Rua de Santa Catarina terá, certamente, um colorido diferente com uma tenda onde se vendem livros a preços mais atractivos e onde e fazem sessões de leitura.

Mariana Teixeira Santos