Se nos provérbios e na literatura se reflecte a cultura de um povo, através deles conhecemos também o papel da mulher na sociedade portuguesa.

A casa é das mulheres e a rua é dos homens
A homem calado e a mulher barbada em tua casa não dês pousada
A homem ocioso e a mulher barbuda de longe os saúda
A mulher casada o marido lhe basta
À mulher e à vinha o homem dá alegria
A mulher e o vinho tiram o homem do seu juízo
Do vinho e da mulher livre-se o homem, se puder
À mulher roca e ao marido espada
Arruído arruído – deu a mulher ao marido
Cresce o outro bem batido como a mulher com bom marido
De nenhuma mulher há que fiar e de todo o homem há muito que temer
De onde és homem? De onde é a minha mulher
Do homem a praça, da mulher a casa
Em casa do mesquinho mais pode a mulher que o marido
Entre dez homens nove são mulheres
Entre marido e mulher nunca metas a colher
Formosura de mulher não enriquece o homem
Fumo, goteira e mulher faladora põem os homens da porta para fora
Homem com fala de mulher nem o diabo o quer
Homem de palha vale mais que mulher de ouro
Homem do mar mija na cama e diz que está a suar
Homem tendo mulher feia tem a fama segura
Homem velho e mulher nova, ou corno ou cova
Mulher de bigode pode mais que o homem
Não há nada como uma mulher para fazer do homem quanto quer
O muito fiar dos homens e o pouco fiar das mulheres deitam a casa a perder
O que o marido proíbe a mulher o quer
Traga-o o marido e guarde-o a mulher

Anabela Couto