Valentim Loureiro reassumiu hoje a presidência da Metro do Porto e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), na sequência da extinção das medidas de coacção aplicadas no âmbito do processo Apito Dourado.

Foi no dia 23 de Abril de 2004 que o presidente da Câmara de Gondomar saiu do Tribunal de Instrução Criminal indiciado de 23 crimes, depois de 10 horas de interrogatório no âmbito do processo de corrupção no futebol Apito Dourado.

Além da suspensão das funções que exercia no Metro do Porto e na Liga de clubes e da proibição de contacto com vários arguidos, revogada há algumas semanas, Valentim Loureiro pagou ainda uma caução 250 mil euros para sair em liberdade.

Em declarações à agência Lusa, o assessor do major, Nuno Santos, afirmou hoje que Valentim Loureiro retomou as suas funções devido a um entendimento do seu advogado. Este último alega que o prazo máximo de um ano das medidas que o inibiram de exercer aquelas funções terminou no último Sábado, por não ter sido deduzida acusação.

Tanto a Liga como a Metro do Porto já confirmaram o regresso de Valentim Loureiro aos seus cargos. O secretário-geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Emanuel Medeiros, afirmou que Valentim Loureiro deverá comparecer ainda hoje nas instalações daquele órgão para reassumir o seu lugar, argumentando que o Tribunal de Gondomar “proferiu quinta-feira o despacho que pôs termo às medidas de coação”, criando as condições necessárias ao seu regresso. Uma fonte do gabinete de comunicação da Metro do Porto também já anunciou que o major “regressa naturalmente” à presidência da empresa.

Anabela Couto