Por umas horas, na tarde de sexta-feira, a Rua Sta. Catarina ganha nova vida e novas cores. Por entre quem passa, de repente, uma figura sobressai. Numa tarde de sol, o verde florescente do palhaço de andas irradia a luminosidade envolvente. Despertam-se as atenções: o teatro de rua da Queima das Fitas chegou à cidade.

Pelo meio da multidão que circula, um palhaço e um mimo distribuem sorrisos, enquanto perseguem os mais pequenos. “A reacção não está a ser muito positiva, as pessoas não estão receptivas”, confessa Kat, a mimo.

Por entre olhares fugidios, os dois artistas de rua continuam a palmilhar a calçada e a distribuir sorrisos.

Foi já há alguns anos que a organização da Queima das Fitas do Porto optou por introduzir no programa mais uma componente cultural. Em jeito de oferta à cidade, aí está o teatro de rua.

“Isto é uma vertente mais cultural, para as pessoas perceberem que a Queima não é só ir beber para o queimódomo”, diz Mariana Gago, responsável pela iniciativa.

Amanhã às três da tarde, o teatro de rua volta para animar as ruas do Porto.

Mariana Teixera Santos