Em Nuremberga, a Argentina complicou o desafio frente à Austrália (4-2) e tem que vencer a Alemanha para ser primeira no Grupo A e evitar nas meias-finais o líder do Grupo B, que pode muito bem ser o Brasil. Assegurado está o apuramento, e essa era a missão mais importante para o jogo de hoje.

Com duas mudanças no onze, além do regresso ao esquema tradicional 4-3-1-2, a turma de Pekerman adiantou-se cedo e logo por intermédio de uma das apostas do técnico para este encontro. Lucho Figueroa concluiu com brilhantismo uma bela jogada colectiva e abriu caminho a uma vitória que prometia ser fácil.

Juan Román Riquelme fez o segundo tento da selecção alviceleste à passagem da meia-hora. O médio que este ano brilhou ao serviço do Villareal converteu uma grande penalidade, tal como já acontecera frente à Tunísia. Figueroa, ex-Cruz Azul, bisou no começo da segunda parte ao concluir com remate espontâneo um lance confuso.

Começou aí a desnecessária tendência para complicar. John Aloisi reduziu através de um castigo máximo – já foram assinalados sete nos quatro jogos disputados neste Grupo A – e encurtou a diferença para um golo pouco depois. Gabi Heinze facilitou e o avançado do Osasuna rematou a contar pela quarta ocasião na prova, o que faz dele o melhor marcador.

Logo atrás segue Lucho Figueroa, que completou o hat-trick perto do final, confirmando a passagem da Argentina às meias-finais. A Austrália voltou a evidenciar capacidade de luta e de reacção, mas fica pelo caminho. Quanto à turma de Pekerman, não se percebe a insistência em complicar o que já está resolvido.

Alemanha vence por margem falaciosa

Em Colónia, a Alemanha derrotou a Tunísia por 3-0 e confirmou o apuramento para as meias-finais. Mesmo sem fazer uma boa exibição, a Mannschaft (nome pelo qual é conhecida a selecção germânica) acabou por vencer. Tudo se resolveu no quarto-de-hora final.

Michael Ballack inventou e converteu em golo uma grande penalidade, segunda marcada pelo capitão na prova. Bastian Schweinsteiger, companheiro no Bayern de Munique, alargou a contagem pouco depois e o suplente Mike Hanke fechou o resultado. O jovem avançado do Schalke 04 estreou-se a marcar pela selecção.

Ambas as formações promoveram mexidas para esta partida. A Tunísia fê-lo na tentativa de modificar o que de mal correra frente à Argentina, ao passo que Klinsmann optou por rodar os elementos disponíveis. Face ao cansaço que é notório neste final de época, a Alemanha deu minutos a jogadores menos utilizados.

Apesar da boa exibição, a turma de Roger Lemerre (que venceu a prova de 2001 pela França) fica pelo caminho. Visto pela frieza dos números, a Tunísia foi presa fácil, mas tal não reflecte a realidade. Ballack voltou a decidir e à Alemanha basta um empate frente à rival Argentina para garantir o primeiro lugar no Grupo A.

André Viana