O Museu Nacional da Imprensa, no Porto, iniciou hoje, sábado, a sua homenagem ao poeta Eugénio de Andrade, falecido na passada segunda-feira. A partir de hoje e até 30 de Junho, está patente a exposição que tem por base a visita do poeta àquele museu, em 1999, para o lançamento do livro “Sulcos e Poemas”.

A obra, lançada em Outubro de 1999, no mesmo museu e com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio, é composta por nove poemas de Eugénio de Andrade, acompanhados de igual número de desenhos de rostos do artista plástico José Rodrigues.

Impressão manual de alguns poemas

Até ao final de Junho, quem passar pela exposição poderá imprimir manualmente, em algumas das relíquias tipográficas do Museu de Imprensa, poemas de Eugénio de Andrade, como “A Sílaba”, que assinalou a inauguração do próprio museu em Abril de 1997, e a nova versão do poema “A Pulsação das Sílabas” publicada precisamente em “Sulcos e Poemas”.

A homenagem contará também com uma pequena mostra de fotografias, jornais e imagens de vídeo da presença de Eugénio de Andrade com o Presidente da Republica no museu.

“Impetuoso, o teu corpo é como um rio / onde o meu se perde. / Se escuto, só oiço o teu rumor. / De mim, nem o sinal mais breve”. São versos de Eugénio de Andrade, do “Poema XVIII”, que podem ser impressos manualmente pelos visitantes do museu até ao final de Junho.

Pedro Sales Dias
Foto: Museu Nacional da Imprensa