Começou a abrir e assim decorreu até ao final. Foi desta forma que os nova-iorquinos LCD Soudsystem mostraram ao Porto a música rock-dançante que lhes caracteriza.

Os temas fortes do álbum homónimo da banda de James Murphy e Tim Goldsworthy, lançado em Janeiro deste ano, marcaram presença no concerto que, de uma forma vibrante, provou que os LCD se dão bem com os ares nacionais.

Não faltaram canções como “Daft Punk is playing at my house” ou “Losing my edge”, mas a hipnose dos LCD foi conseguida com “Yeah”, “gritada” a plenos pulmões por Murphy e pela maioria dos presentes.

Murphy falou da cidade, da sala e… do peixe português, nos raros momentos em que a tensão punk-electro-qualquer coisa deu lugar à voz do líder de um quinteto onde figuravam também Pat Mahoney (bateria), Nancy Whang (teclas e sintetizadores), Tyler Pope (baixo) e Phil Mossman (guitarra e percussão).

Foram apenas pausas curtas para retomar o fôlego e voltar à carga com nova dose de energia. Não havia outra alternativa para os espectadores presentes do que abanar a cabeça e – pequena heresia – também as ancas!

A abrir a noite estiveram os portuenses X-Wife. Aqueceram a sala, com temas já conhecidos de “Feeding the Machine” e com dois temas novos, e criaram o ambiente ideal para os LCD Soundsystem. Como prémio, levaram um elogio de James Murphy para uma canção que, ironicamente, não tocaram.

Hoje e amanhã é a vez do Lux, em Lisboa, receber descarga dupla de LCD Soundsystem. Em Agosto actuam também no Festival Sudoeste.

Ricardo Bastos
Foto: LCD Soundsystem