Adriano, o avançado que eliminou o FC Porto da última edição da Liga dos Campeões, foi a figura da vitória do Brasil sobre a Alemanha, por 3-2, em partida a contar para as meias-finais da Taça das Confederações. Adriano marcou por duas vezes e esteve ainda na origem da grande penalidade convertida por Ronaldinho.

A Alemanha conseguia maior posse de bola, mas o Brasil mostrou-se letal e teve no avançado do Inter de Milão a arma decisiva para vencer o duelo que reeditava a final do último Campeonato do Mundo. Adriano abriu o marcador na conversão de um livre directo, beneficiando de um desvio na barreira, que traiu o guarda-redes alemão Jens Lehmann.

Todavia, a selecção de Klinsmann igualou dois minutos volvidos, também num lance de bola parada. Sebastian Deisler bateu um canto na direita e o jovem atacante Lukas Podolski superou a displicente marcação de Maicon para cabecear para o fundo da baliza de Dida.

Perto do intervalo, o Brasil dispôs da segunda vantagem no encontro. Adriano foi derrubado por Robert Huth na área de rigor e Ronaldinho não desperdiçou a soberana ocasião, adiantando a turma de Parreira. Todavia, o árbitro chileno Carlos Chandía não quis que o intervalo chegasse sem deixar a sua marca na partida. Quem sabe se para compensar o lance que dera o segundo tento aos canarinhos, o juíz decidiu inventar uma grande penalidade, desta feita favorável aos alemães.

Michael Ballack é que não fingiu incómodos e rematou forte para o fundo da baliza de Dida, que até adivinhou a colocação do pontapé do médio do Bayern. Na segunda metade o domínio alemão deixou de se fazer sentir e Klinsmann também não foi propriamente feliz nas mexidas que operou. Até que, a um quarto-de-hora do final, Robinho serve Adriano e este, em velocidade e na passada, superou Huth e bateu forte e cruzado para o fundo da baliza de Lehmann.

Terceiro golo do atacante na prova, novamente às custas do central que milita no conjunto de José Mourinho. Adriano decidiu, o Brasil repetiu a vitória que conseguira no Mundial do Oriente (então por 2-0) e está na final da Taça das Confederações, onde pode encontrar a grande rival Argentina. A turma de Pekerman discute amanhã, frente ao México, um lugar na final da prova organizada pela Alemanha.

André Viana