O comandante dos Sapadores Bombeiros do Porto, Luís Nobre, considera ser prematuro avançar as causas da explosão que ontem, segunda-feira, destruiu um prédio da Rua de Santa Catarina até se concluir a remoção dos escombros.

“Só depois de retirados parte dos escombros é que se conseguirá perceber a origem da explosão. Até lá, parece-me precipitado avançar qualquer conclusão”, declarou à agência Lusa.

A polícia mantém um perímetro de segurança em torno do edifício que explodiu ontem na Rua de Santa Catarina, entre as ruas Gonçalo Cristóvão e da Fontinha.

O trânsito está cortado e há uma zona vedada, junto a um edifício a cerca de 100 metros do local da explosão, devido ao risco de queda de vidros. Na zona estão um carro de bombeiros e vários agentes da PSP.

O trânsito vai continuar vedado até que terminem as operações de limpeza e segurança, já que há outro edifício em risco de cair e noutro há vidros que podem cair na via pública.

A explosão deu-se cerca das 21h00 de ontem, segunda-feira, no número 927 da rua. Uma idosa acamada e o seu marido morreram na sequência da explosão. Duas outras mulheres que viviam prédios contíguos foram transportadas para o Hospital de Santo António com ferimentos ligeiros. Seis pessoas ficaram desalojadas.

O corpo da idosa foi removido dos escombros às 23h00 de ontem enquanto o corpo do seu marido só foi resgatado às 02h55 de hoje, revelou à agência Lusa fonte do Batalhão de Sapadores de Bombeiros do Porto.

Segundo a mesma fonte, foram enviados para o local da explosão 36 homens e 12 viaturas de duas corporações de bombeiros, que desmobilizaram às 04h45.

“Engenho explosivo”

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitiu que podia a tragédia podia ter sido originada por um engenho explosivo. “É um impacto muito grande para poder ser gás ou um simples cilindro”, afirmou, acrescentando que “pessoas que percebem disto dizem que, em princípio, é um engenho explosivo”.

O autarca disse ter ouvido o estrondo na Câmara: “Ouviu-se muito longe. Eu estava na Câmara e ouvi bem – de que maneira. Mas não foram várias explosões, foi só uma e grande”.

O vereador responsável pela Protecção Civil, Fernando Albuquerque, assegurou que a Câmara ia realojar todas as pessoas afectadas pela explosão, incluindo edifícios das redondezas que teriam ficado inabitáveis.

As autoridades acreditam que se tratou de uma explosão de gás. Falta apurar o que terá provocado a explosão.

Texto e fotos: Pedro Rios
c/ Lusa