Tudo saiu bem ao Brasil no grande duelo frente à Argentina. Pouco passava do quarto-de-hora inicial e a equipa de Parreira já vencia por dois golos, com remates certeiros de Adriano e de Kaká. Belos remates, diga-se. Perante uma turma alviceleste que afunilava em demasia o seu futebol, fazendo-o depender em excesso da estrela Riquelme, o escrete foi passeando classe e eficácia.

Todavia, Pekerman também se revelou pouco astuto na hora de delinear o onze e de operar mexidas estruturais. Diego Placente, o lateral-esquerdo escalonado para a final, foi presa demasiado tenra para o ímpeto ofensivo de Cicinho, o defesa-direito que esteve nos quatro golos do Brasil e que é a alternativa primordial para reforçar o FC Porto, goradas que parecem estar as negociações com vista à aquisição do holandês Kromkamp.

Com Cicinho em grande, o Brasil matou a partida logo após o recomeço. Ronaldinho, junto à marca de penalidade, rematou certeiro após cavalgada do lateral do São Paulo.

A Argentina deitou a toalha ao chão e as ocasiões sucediam-se junto à baliza de Lux, até que Adriano aproveitou para fazer o quinto golo na prova. Mais uma vez a centro de Cicinho, o avançado do Inter sagrou-se o melhor marcador da competição.

Pablito Aimar ainda reduziu mas não impediu nova vitória brasileira em finais de provas oficiais. Tal como na Copa América de 2004, a selecção canarinha voltou a derrotar a turma argentina, novamente com Adriano ao leme. Está assim vingado o 3-1 imposto pela equipa de Pekerman há três semanas (na qualificação para o Mundial), mas também o 2-1 ontem verificado no encontro entre as selecções de sub-20, que disputam o Mundial da categoria, na Holanda.

No jogo para o terceiro e quarto lugar, a Alemanha venceu o México por 4-3, após prolongamento, e concluiu o torneio na terceira posição.

André Viana