Claude Simon faleceu na passada quarta-feira em Paris. A notícia foi avançada hoje, sábado, pela sua editora, as “Editions de Minuit”. Segundo a mesma fonte, o escritor foi hoje a enterrar.

Simon nasceu em Tananarive, Madagáscar, em 1913, filho de pais franceses. Depois da morte do pai na I Guerra Mundial, muda-se com a mãe para a região vinícola de Roussillon, em França.

Estudou em Paris, passando por Oxford e Cambridge na Inglaterra. Aprendeu a pintar e viajou por vários países, como Itália, Grécia, Espanha ou União Soviética.

Participou na guerra civil de Espanha, combatendo ao lado dos republicanos.

Foi feito prisoneiro de guerra durante a II Guerra Mundial, ao participar na batalha de Meuse. Conseguiu escapar e juntou-se à resistência francesa.

Entretanto, termina o romance que iniciara antes do conflito, “Le Tricheur”.

Na década de 50, forma, com os escritores Nathalie Sarraute, Robert Pinget, Samuel Beckett, Jean Ricardou, Claude Ollier e Robbe-Grillet, o grupo literário “Nouveau Roman”.

Quatro anos após a publicação de “Les Géorgiques”, em 1981, Simon é agraciado com o prémio Nobel da Literatura, pelo conjunto da sua obra. Entre as suas obras mais importantes estão “La Route des Flandres”, “Histoire” e “L’Invitation “.

Andreia C. Faria
Foto: Eberhard Gruber