É no Largo Duque da Ribeira, junto à Rua Mouzinho da Silveira, num espaço há muito desocupado e inteiramente recuperado, que vai funcionar, a partir de 19 de Setembro, a Loja de Reabilitação Urbana.

A infraestrutura, resultado de uma parceria entre a Câmara do Porto, a Porto Vivo, SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) e a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (FDZHP), que cedeu o espaço, foi inaugurada sexta-feira.

Loja de Reabilitação UrbanaA loja vai juntar no mesmo espaço balcões de atendimento para acompanhamento de processos de reabilitação de edifícios, aconselhamento a investimentos na Baixa e informações sobre incentivos fiscais e apoios financeiros à recuperação de imóveis.

Perto da loja, há sete ateliês arrendados a arquitectos, engenheiros, projectistas, juristas e outros profissionais para prestação de apoio técnico aos cidadãos, em articulação com a SRU.

Foram ainda celebrados dois acordos com entidades públicas e privadas: um com três instituições bancárias (Millenium BCP, Caixa Geral de Depósitos e BBVA) e outro com as mediadoras imobiliárias Predibisa/CB Richard Ellis. Os bancos vão oferecer taxas de juro reduzidas para a aquisição de imóveis, dando prioridade aos jovens.

Arlindo CunhaO presidente da SRU espera que a loja possa ser o início de um “‘cluster’ que venha a frutificar uma dinâmica de promoção da reabilitação urbana”. Arlindo Cunha congratulou-se também pelo trabalho “complexo” feito pela Porto Vivo em 10 meses de existência.

Num discurso breve, o presidente da câmara, Rui Rio, elogiou o “tempo razoavelmente rápido” de construção da loja. “Esta loja tem a mesma lógica de ‘front office'” que os gabinetes do munícipe e do inquilino municipal, explicou o autarca.

Rio, que foi recebido com animosidade por alguns populares, sublinhou que “o projecto [de reabilitação urbana] está no terreno”. “Não podia prometer que no primeiro mandato ia fazer 100 ou 200 casas”, disse, sublinhando que cumpriu a promessa de tornar a reabilitação urbana um processo “imparável”.

Ligação de metro a Gaia “fica na história”

No final da cerimónia, Rui Rio afirmou aos jornalistas que a linha de metro entre Porto e Gaia é “nuclear” e “estruturante” para a reabilitação da Baixa portuense.

Rui Rio equipara a abertura da linha, agendada para sábado, à inauguração da Ponte da Arrábida em termos de importância para a cidade.

“É um marco importantíssimo” porque torna “mais rápidas e confortáveis” as deslocações à Baixa, qualificou o autarca portuense.

A linha Amarela, entre a Câmara de Gaia e o pólo universitário da Asprela, vai servir duas cidades que em conjunto somam mais de 544 mil habitantes, mais de um terço dos residentes na Área Metropolitana do Porto.

Texto e fotos: Pedro Rios