A Câmara Municipal do Porto assinou terça-feira protocolos com três instituições do ensino superior para a continuação dos programas de estágios no serviços municipais.

A autarquia decidiu reforçar a cooperação com as faculdades de Psicologia e Ciências da Educação e de Letras de Universidade do Porto e com o Instituto das Ciências Sociais da Universidade do Minho.

A partir de agora, a câmara vai ter um interlocutor único e deixa de ser o aluno a “bater à porta” dos serviços municipais, explicou ao JPN o vereador da Educação, Paulo Cutileiro, no final da assinatura dos protocolos.

Segundo Cutileiro, as relações entre a câmara e as instituições de ensino superior eram marcadas por uma “lógica muito casuística e personalizada”. Com os protocolos, cria-se um “canal único” na autarquia e “quem bate à porta da câmara é a instituição de ensino do aluno” e não o próprio estudante.

O protocolo firmado terça-feira permite “credibilizar o processo” de estágios. “As coisas têm corrido bem, mas podem correr melhor”, justificou o vereador.

No ano passado decorreram 111 estágios em diversas áreas. Este ano estão já em curso 70 estágios, tendo como principais áreas de actividade a arquitectura, a geografia, a conservação e restauro de edifícios (uma novidade), as ciências documentais e históricas, a higiene e segurança no trabalho, psicologia, sociologia e secretariado e apoio administrativo.

Estagiário criou “newsletter”

No mesmo dia em que o protocolo foi assinado, foi lançada a primeira edição da “newsletter” interna da Câmara do Porto, um projecto que surgiu do estágio curricular de Tiago Soares, na altura aluno de Comunicação Social da Universidade do Minho.

“É uma coincidência feliz”, explicou ao JPN a directora municipal de recursos humanos, Norberta Lima.

A criação da “newsletter”, com periodicidade mensal, partiu da “necessidade de dar a conhecer questões internas” da autarquia, referiu a mesma responsável.

Texto e foto: Pedro Rios