Se chegar a Portugal, a gripe das aves pode causar entre 11 a 13 mil mortos, afirmou ontem, domingo, à TSF a chefe de Divisão de Doenças Transmissíveis da Direcção-Geral da Saúde (DGS), Graças Freitas, que faz também parte da Comissão de Acompanhamento da doença.

Graça Freitas explicou que a tendência de mortalidade em Portugal “é no mesmo sentido” que a que se verifica em Inglaterra. A responsável referia-se à estimativa de mortos pela eventual pandemia feita pelo director-geral de Saúde britânico – entre 50 e 55 mil pessoas.

Sendo aplicada a “mesma ordem de grandeza”, já que os planos de contingência para a gripe das aves em cada país europeu prevêem mortalidade proporcional, a gripe das aves pode causar “entre 11 a 13 mil mortes” em Portugal, afirmou Graça Freitas. Esse número já tinha sido avançada em 26 de Setembro pelo jornal “Correio da Manhã”, que citava um relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

A responsável sublinhou que “não adianta correr às farmácias comprar medicamentos” e que “as pessoas serão informadas” à medida que existe mais informação sobre a doença.

A chefe de Divisão de Doenças Transmissíveis da DGS revelou ainda à TSF que hoje deverá estar concluída a versão prévia do Plano de Contingência para a gripe das aves, revisto após saber-se que o vírus H5N1 tinha entrado na Roménia.

Graça Freitas adiantou que “numa fase mais adiantada” podem vir a ser encerrados espaços públicos.

Pedro Rios
Foto: SXC