O primeiro-ministro, José Sócrates, congratulou-se hoje, sexta-feira, com a “elevada adesão” dos jovens e de empresas aos programas Inovjovem e InovContacto, durante a apresentação pública de balanço dos oito meses daqueles programas de estágio para jovens qualificados nas áreas das ciências e tecnologia.

Ao lado dos ministros da Economia, Manuel Pinho, e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, Sócrates definiu os jovens envolvidos nos programas de estágio InovJovem e InovContacto como a “guarda avançada” do país na batalha pela modernização.

Candidaturas superam 8,5 vezes a oferta

As candidaturas ao programa InovContacto, de apoio à formação de quadros no estrangeiro, atingiram as 4.279, superando em 8,5 vezes os 500 estágios oferecidos pelo Governo, referiu hoje o Ministério da Economia e Inovação.

O programa, que contempla estágios internacionais nas áreas tecnológica, sectorial (indústria têxtil, vestuário e calaçado e turismo) e técnica, irá ter duas edições com 250 estágios cada, representando um investimento total de 25 milhões de euros.

Em cada um das edições, o Governo distribui 150 estágios para a área tecnológica, para a qual recebeu 2.727 candidaturas, 50 estágios para a fileira sectorial, tendo recebido 934 candidaturas e outras 50 para a área técnica para a qual recebeu 618 canditaturas.

Só para a fileira tecnológica, que abrange as áreas das tecnologias da informação, biotecnologia, farmacêutica, energia e financeira, foram 433 as empresas que se candidataram a receber estagiários.

“Estado não tem o dever de garantir tudo a todos”

Sócrates considerou ainda que é fundamental que os jovens aproveitem esta oportunidade que o Estado lhes dá de estagiarem nove meses “em alguns dos maior centros tecnológicos do mundo”.

“Nestes programas, o Estado está a fazer aquilo que deve, que é proporcionar oportunidades aos jovens e apelar à sua responsabilidade individual”, referiu o primeiro-ministro, advertindo contudo que o “Estado não tem o dever de garantir tudo a todos”.

Pedro Sales Dias
c/ Lusa
Foto: Rita Braga/Arquivo JPN