A Comissão Europeia (CE) apresentou hoje, segunda-feira, recomendações para promover o espírito empreendedor das escolas às universidades. A CE defende que o empreendedorismo deve ser incutido desde cedo e que deve fazer parte dos currículos escolares. Só assim a Europa pode manter o seu modelo social e ter crescimento económico.

Em comunicado, a CE defende que “as escolas devem ter apoio prático e incentivos que levem à aplicação de programas de empreendedorismo”. Bruxelas recomenda que deve ser dada uma “atenção especial” à formação dos professores e à “cooperação entre estabelecimentos educativos e a comunidade local, em especial às empresas”.

“A educação escolar deve estimular a sensibilidade empresarial dos jovens, dar-lhes os meios para desenvolverem capacidades básicas e ajudá-los a ser mais criativos e confiantes nos seus projectos”, afirma a CE.

A CE sugere a criação de “mini-empresas”, um forte incentivo à iniciativa empresarial. Segundo um relatório da Comissão, cerca de 20% dos participantes em mini-empresas no ensino secundário acabam por formar a sua própria empresa depois de concluírem os estudos.

Nas universidades, Bruxelas recomenda que o empreendedorismo seja integrado em vários cursos, sobretudos nos técnicos e científicos. A mobilidade dos professores entre a universidade e o mundo empresarial deve ser encorajada, bem como a formação de professores, que deve ser apoiada pelos governos.

“Precisamos de criar um clima social favorável para o empreendedorismo, em especial para encorajar os jovens europeus a tornarem-se empreendedores do amanhã. Precisamos de uma abordagem sistemática à educação para o empreendedorismo a todos os níveis, desde a escola primária à universidade”, afirma o vice-presidente da CE Günter Verheugen.

Pedro Rios
Foto: SXC