Marco Macedo, proprietário da Caracol Tuning, está no negócio da venda de acessórios para carros há pouco tempo, mas tem esperanças de que a empresa seja rentável. “O ‘tuning’ é um bom negócio. Se não fosse a indefinição legal e as proibições, seria melhor porque os clientes não teriam medo de fazer transformações”, explica.

Nesta empresa de venda de acessórios, as transformações em veículos representam 25% do volume de negócios. Ainda não existe uma definição das alterações de veículos permitidas por lei, pelo que quem se arrisca a ser multado é o cliente. “Fazemos transformações que correm o risco de não ser aprovadas pela Direcção-geral de Viação, mas alertamos o cliente. O cliente é que é multado, cabe-lhe arriscar ou não. O nosso negócio é legal”, assegura Marco Macedo.

A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), que apoia a actividade do “tuning”, realça a “oportunidade de negócio em grande desenvolvimento” que esta actividade representa.

Em Portugal, são já duas mil as empresas ligadas ao negócio da venda de acessórios e transformação de veículos automóveis, o que corresponde “um mercado muito significativo”, explica Jorge Neves da Silva, secretário-geral da ANECRA.

“Há que assegurar a representatividade nacional e internacional do ‘tuning'”, defende. Nesse sentido, a ANECRA vai participar na fundação, prevista para breve, da European Tuning Organization (ETO), entidade que fará lóbi em Bruxelas, junto da comissão europeia, pelos interesses dos empresários ligados à venda de acessórios para automóveis.

Andreia C. Faria
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